24 de novembro de 2009

Faustino, o retrato de um medíocre



Quem circulou pelas ruas de Salvador com alguma atenção para os muros, nos anos 1980, certamente conheceu os hábitos de Faustino. O personagem criado por Miguel Cordeiro era a síntese do que havia (...e ainda há) de mais cafona na classe média.

Além de Miguel, que editou o fanzine Delírium Tremes e criou cartazes, capas e encartes dos bolhachões de vinil de bandas como o Camisa de Vênus, os muros da cidade serviam de tela também para outro rebelde das artes visuais bastante presente na cena rocker, Bob.

Mancha, Nildão e Renato Silveira completavam o time de interventores urbanos, levando crítica e humor às ruas, naqueles anos de censura. Um borrão no conservadorismo.

+ + + Foto cedida por Miguel Cordeiro

4 comentários:

  1. O conceito de cafona mudou muito desde então, pois pouca coisa é mais cafona agora do que a própria década de oitenta e seus valores.

    guedes ' ' '

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  2. Cafona é um termo bem década de 80, faz parte daquela diegese... Ainda se usa??? Acho que seria o equivalente ao careta... O fato é que até hoje a gente se bate com o tipo Faustino ao cruzar impunemente uma esquina. rs

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